Inerente ao nosso ser, possuímos fortes tendencias a projeção. Projetar e transportar para fora tudo aquilo que é incômodo e difícil, na maioria das vezes, transforma-se em um ato natural e automático. É muito fácil reconhecermos claramente o cisco nos olhos dos outros, enquanto deixamos de ver os entraves nos nossos próprios olhos.
Na medida em que nos preocupamos cada vez mais em nos externalizar e julgar, nos afastamos da grande oportunidade de trabalhar e compreender o nosso interior, nossas sombras e carências.
Porque não tomarmos o outro como exemplo? Afinal não somos perfeitos, todos nós temos falhas e sintomas, e na medida que erramos também temos a chance de acertar.
Quando apontamos para o outro estamos apontando para nós mesmos. Quando olhamos para o outro estamos olhando para nós mesmos.
Devemos retirar as vendas dos olhos e apreciar tudo que nos cerca. Contemplar as diferenças e admirar o aprendizado da convivência. Afinal, como ouvi uma vez:
"Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos." (Wilde)
Sejamos a mais sincera expressão de nós mesmos, porém não esquecendo de observar e compreender os que estão ao nosso redor.
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