"Quem tem um amigo tem um tesouro".
Ter um amigo é amar, é doar, é oferecer aquilo que temos de melhor com sinceridade e desinteresse.
Um dia perguntei para uma índia da etnia Kaxinawá se ela possuía uma "melhor amiga", uma amiga em especial que pudesse compartilhar amor e carinho. Ela me olhou de maneira um tanto quanto confusa e depois de alguns minutos me respondeu. "Não. Na minha tribo todos somos amigos, ninguém é mais que ninguém."
Aquelas palavras me fizeram refletir.
Até que ponto estamos apegados? Por qual razão distinguir a importância daqueles que estão ao nosso redor? Por qual razão compartilhamos os nossos mais nobres sentimentos apenas àqueles de certa forma "selecionados"?
A nossa sinceridade, ternura, compreensão e carinho deveriam ser formas de doação universal. A nossa capacidade de partilhar amor sem condicioná-lo deveria ser uma ação natural.
Muitas vezes acreditamos que para demostrar nossos reais sentimentos necessitamos da segurança do recebimento e retribuição.
Se não compreendermos que a amizade é amar. Se não compreendermos que nós tanto quanto qualquer outra pessoa em todo o universo merece o amor. Não seremos capazes de compreender que ninguém é mais que ninguém. Não seremos capazes de compreender que o amor é para todos.
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